quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Poema Morto


Poema Morto

Maldita embriaguez de versos
Chega a atormentar
Varo as noites com o sono a brigar
E nestas linhas que abrigo
O coração, ah! O coração ferido
A pulsar já enfermo de amor
A dor que cala a indignação da perda
Viver sem ti alimenta fatídica inspiração
Versos caminham na contramão
Ó perversa solidão!
Não abandonas este mísero fardo
Mesmo sabendo não agüentar o peso
Quem dera dormis neste poema
Acordar quando morto o pensamento
Ser meu ser apenas vento
Poeira do tempo...

Jamaveira®

Imagens: Do Google

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Perdão

No vale da morte

Serei eu a tua sorte

De joelhos sem perdão

Olha todos os lados

Os cantos fechados

Só a mim a passagem

Mesmo limpando o cuspe

Escorrido da cara

Na soberba das vontades

Esnobasse o amor

Em braços sem ardor

Entregasse a vida

Agora o frio do deserto

Congela eternamente

A clemência ora tardia

Não dou ouvido

Seguro a mão súplica

Beijo a boca que escarra

Das trevas amor lampião

Paixão que não se apaga.



Jamaveira®